quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

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IUPI!!! Entre os 3% mais visitados em 2013!!!

I Love You!


O amor é definido como uma forte afeição criada por outra pessoa, através dos laços de sangue ou relacionamentos sociais. Também é a atração baseada no desejo sexual. Do latim, amore, o amor é um sentimento que leva uma pessoa a desejar o bem de outra. 

O amor, no entanto, se tratando da palavra ou sentimento pode ter diversos significados, embora muitos tenham a percepção de que o amor não se define, o amor se vive! Essa é a emoção inspiradora presente na arte, na música, na carpintaria, na medicina, na engenharia, na literatura, enfim, em todas as coisas que se seguem inexplicáveis e muito bem sucedidas apesar de bastante difíceis. 

A ciência discorda da emoção nas explicações, o coração é seu símbolo mor em qualquer cultura, mas também pode ser lembrado pela maçã, a flecha do cúpido, por poções do amor que elevam e sucumbem histórias.

O amor de forma épica pode ser platônico, verdadeiro, fraternal, incondicional e próprio. Comemorado no dia 14 de fevereiro, onde em alguns países também é o Dia dos Namorados, ele ostenta casais famosos como Romeu e Julieta, Tristão e Isolda, Bonnie e Clyde, Paris e Helena de Troia, Cleópatra e Marco Antônio, entre tantos outros. 

No amor, acontecem coisas como: 

  • Monogamia no reino animal;
  • Tempo de 4 minutos pra decidir se gosta de alguém ou não;
  • Os primeiros efeitos são parecidos com o uso de cocaína;
  • Troca de afagos diminuem a dor;
  • Pessoas que se equivalem na atração tem mais chance de sucesso no relacionamento;
  • Pessoas parecidas demais não costumam ter um relacionamento duradouro;
  • Efeitos do término podem causar sintomas de ataque cardíaco, ou seja, coração partido;
  • Borboletas no estômago costumam durar por até 1 ano de relacionamento;
  • Pessoas apaixonadas se assemelham a pessoas que tem Toc;
Conhecido por outras línguas como love, amour, liebe, amore, sevmek, karl, rakastaa, kärlek, láska, o amor vai continuar enquanto a humanidade também existir. Em maior e menor proporções, com suas dúvidas, épocas e tabus. Com certeza, alguém deve estar se apaixonando nesse exato momento por coisas e pessoas, criando uma nova história que se perpetuará ou definhará no tempo. 

O que é o amor para Charlie Brown



Bônus

Para os apaixonados por tecnologia, segue uma constatação sobre o acesso à internet  por minuto nos dias atuais. São 3,99 bilhões de pessoas que equivalem a 51% da população mundial de usuários. Acompanhe só! 


  • 1 milhão de logins no Facebook;
  • 41,6 milhões de mensagens enviadas no Facebook Messenger e no WhatsApp;
  • 3,8 milhões de buscas no Google;
  • 4,5 milhões de vídeos vistos no YouTube;
  • 390 mil aplicativos baixados na Google Play e na Apple Store;
  • 87 mil pessoas tuitando;
  • 695 mil horas de vídeos assistidas na Netflix;
  • 347 mil "scrolls" (movimento de baixar a tela) no Instagram... 

Realmente é muito amor, galera! 

Quinto Capítulo - Ela Veste Preto


Ela veste preto, mas o baile é em Paris. Cap. 05

“Tem gente que acha que o coração é feito de um diamante rústico e caro... De repente se enganou, era vidro e se quebrou! O que então sobrou no lugar?”

Diário da Viagem de Dora. (D.D).





Três semanas antes...
– Me desculpe! Estava tão distraído que nem notei um anjo a minha volta! – diz Leo educadamente com segundas intenções após esbarrar numa garota.
– Não... Tudo bem! Desculpe-me você por estar voando sem rumo por aí! – devolve a moça sorrindo de boca serrada.
– E o que te trouxe a esse mercado de pulgas em plena Paris? Nas lojas granfinas com certeza deve haver algo mais apropriado pra suas belas asas! – fala sentindo-se campeão nas cantadas clichês.
– Essas asas imaginárias não podem pagar nem o aluguel quem dirá seda! Estou mais para um candelabro mesmo...
– Viagem de família ou amigos?
– Amigos... Casaizinhos apaixonados que não se desgrudam o dia inteiro e que te chamaram pra estepe se algo der errado, eles brigarem ou se entediarem!
– O resto do tempo você se torna invisível... Sei bem como é! – termina o detetive familiarizado com a situação.

Música – Rihanna – What Now – E agora?

Eu estive ignorando este nó grande na minha garganta
Eu não devia estar chorando, lágrimas são para os fracos
Nos dias que sou mais forte, "e daí", é o que digo
Isso é algo que falta

O que quer que seja, parece que está rindo de mim
Através do vidro de um espelho de duas faces
O que quer que seja, está rindo de mim
E eu só quero gritar

– Parece que estamos no lugar certo então! Quem sabe alguma senhora não nos leva para enfeitar sua mesa de confeitos! – debocha a moça.
– Candelabros estrangeiros… Não sei, acho que ela vai preferir os nacionais!
– Você é importado de onde, companheiro? – quis saber a menina curiosa.
– De New Park e você?
– Do mundo todo... Um pouco daqui a outro instante dali! Vá saber... Vamos manter assim... Digamos que a Europa é meu lar! – responde sexy e misteriosa.
– Entendi! Não quer revelar tudo no primeiro encontro... Pra manter certo charme! – diz Leo interessado.
– Isso é um encontro? Porque se for é exatamente o que estou fazendo! – justifica dando piruetas no calçadão do mercado.
– O mais inesperado e inusitado de todos os tempos! – responde o rapaz a agarrando pelo antebraço para trazê-la de surpresa ao seu encontro.
As respirações se enfrentaram cara a cara deixando ambos a centímetros de um primeiro beijo tão repentino quanto o encontro.

E agora?
Eu apenas não consigo entender
E agora?
Eu acho que eu vou esperar
E agora?
Ooh
E agora?

Eu encontrei o escolhido, ele mudou minha vida
Mas fui eu que mudei
E aconteceu de ele chegar no momento certo
Eu devia estar apaixonada
Mas eu não estou roubando

– Pode me soltar, por favor? Acho que consigo me manter no chão sem a sua ajuda! – inquire a menina recuando.
– Me desculpe de novo! Acho que é minha sina me desculpar com você! – pede o detetive encabulado.
– Tá! Mas agora tenho que ir... Meus amigos podem ter lembrado que eu existo e estão preocupados porque não disse aonde ia. – explica se afastando.
– Vamos nos encontrar aqui amanhã? – convida o garoto entusiasmado.
– Claro! – responde a moça já longe.
– Como você se chama? – pergunta Leo curioso com o nome do anjo.
– Adele! – grita com toda força fazendo apenas um sussurro chegar aos ouvidos dele.
Minutos depois, ao chegar numa esquina, Adele retirou o celular da bolsa, discou alguns números e deixou tocar até que atendessem.
 – Eu consegui! Só faltou ele se jogar em mim... Teve uma hora que achei que ia implorar. Fica comigo... Me faz companhia! Patético! É tão fácil que chega a dar vergonha! Pode deixar! Logo os pombinhos serão lembranças lamentáveis! Mal posso esperar o dia em que vocês chegarão pra acabar com a festa da patricinha decadente! Vou descobrir tudo o que precisamos nem que pra isso Leo Turner tenha que viver a história de amor da sua vida! – promete a menina para a pessoa do outro lado da linha.
– Cuidado em brincar com os sentimentos! Você pode mergulhar neles achando que aguenta a maré até ver que perdeu o controle e se afoga! – aconselha a voz passando tom de experiência no assunto.
– Eu sei me cuidar! O amor pra mim é só uma desculpa para os fracos justificarem suas falhas! – desdenha a garota sem hesitar.

O que quer que seja, parece que está rindo de mim
Através do vidro de um espelho de duas faces
O que quer que seja, está apenas sentado rindo de mim
E eu só quero gritar

E agora?
Eu apenas não consigo entender
E agora?
Eu acho que eu vou esperar
E agora?
Por favor, me diga
E agora?


Logo, Leo chegava apressado ao hotel totalmente renovado com a vida. Havia feito a pazes com Paris pensando que finalmente iria curtir a viagem. Saiu do elevador animado dando de cara com Romeo.
– Cara! Onde você estava? Todo mundo tá te procurando pra jantar! – pergunta preocupado.
– Vivendo! Apenas vivendo... – responde o jovem aéreo indo para o quarto.
– Você é quem sabe! Só avisa da próxima vez pra gente não ficar preocupado! – pede Romeo sem ser notado.
Durante os dias que se passaram o detetive sumiu de vista dos companheiros de viagem. Sempre ausente nos encontros secretos com quem ele chamava de pessoa, fazendo-os duvidar do sexo e dos assuntos que teria com a tal criatura.
Encontrando ocasionalmente a turma pelos corredores, mas desvencilhando-se rapidamente em busca do objetivo dos últimos tempos.
Era mais que paixão, um fascínio louco e inebriante de devoção tomava conta de sua mente, deixando-o esquecer de tudo que aprendeu para abrir espaço apenas aos trejeitos e casos de Adele. Seus desejos eram prioridade, assim Paris transformou-se num sonho doido de proporções infinitas para o casal secreto recém-saído das páginas de um folhetim policial.
As coisas iam bem, a não ser pelo fato de Leo ter contado absolutamente tudo sobre sua vida à Adele, mas Adele não ter contado absolutamente nada da sua a Leo.
Certa manhã, o detetive marcou um encontro definitivo para esclarecer o que estava acontecendo entre eles. Uma verdadeira discussão da relação precisava acontecer para que soubesse que não estava sendo usado por uma pilantrinha europeia. Precisava saber que não amava à toa seus cabelos balançando ao vento, o sorriso sem sentido no meio de uma conversa muito séria, seus pulos e rodopios no meio da rua expressando felicidade e principalmente o jeito inocente quase infantil com que ela levava a vida.

Não há ninguém para ligar, porque
Eu só estou brincando com todos
Quanto mais estou feliz, mais me sinto só
Porque eu passo todas as horas apenas levando as coisas
Eu nem mesmo posso fazer as emoções saírem
Seca como uma bomba, mas eu só quero gritar

E agora?
Eu apenas não consigo entender
E agora?
Eu acho que eu vou esperar
E agora?
Alguém me diga
E agora?

– Bom dia, querida! – cumprimenta seco.
– Nossa! Que sério! Bom dia pra você também, amorzinho! – responde fazendo graça.
– Precisamos conversar sobre o que está acontece conosco!
– O que você quer saber? Mas vamos logo que tenho um compromisso daqui a pouco! – dita apressada.
– Um compromisso... Posso ir junto? – indaga Leo esperando ser convidado.
– Definitivamente não! É coisa chata... Trabalho... Lembra? Preciso dessas coisas para o aluguel! Essa vida nômade difícil que levo! – justifica.
– Entendo! Mais um dos seus mistérios que, se depender de você, jamais descobrirei! E olha que sou detetive... – confessa desapontado.
– Olha! Vai por mim! Há coisas na vida que é melhor não sabermos. Pode machucar tanto que talvez nem possamos suportar! – adverte afastando-se como sempre.
– Espera! Aonde você vai? Nós nem conversamos! – grita o rapaz dessa vez indo atrás.
– Fica pra depois! Tô muito atrasada! – berra de volta.
– Não! Se você tá tão atrasada assim te acompanho num táxi! – diz encaminhando-a para o veículo.
– Não precisa...
– Faço questão, amorzinho! – termina o garoto irônico.
Nem perceberam que do outro lado da rua Romeo assistia a cena chocado ao descobrir quem era a pessoa com quem Leo se encontrava.
– Aqui já tá bom... Pode parar! – grita Adele ao taxista.
A moça desceu sendo perseguida por Leo, mas logo foi impedido por ela.
– O que você tá fazendo? Parece maluco! Se soubesse que ia ser assim...
– Hoje descubro tudo sobre a sua vida! – berra descontrolado.
Ela começou a gritar chamando a atenção de todos que estavam próximos formando uma grande confusão. Homens vieram e seguraram o moço que supostamente iria agredir a namorada para que ela pudesse fugir. Assim Adele sumiu no meio do tumulto.
Horas depois, o inevitável aconteceu e Leo descobriu da maneira mais ordinária a verdadeira identidade de Adele. Sofi, a Condessa de Ordália, uma desgraçada cujo ele odiava tudo, da curvatura do rosto até os dedos mindinhos do pé, a aproveitadora vigarista que quebrou seu coração deixando poeira e vazio no lugar. Alguém que não valia nada, indigna de confiança e atenção de quem quer que fosse.
Logo que Sofi pôde sair da confusão, ligou para a pessoa a quem passava informações.
– Está feito! Ele sabe... Todos sabem! Mas não precisamos mais dele, já sabemos tudo o que é preciso. Façam as malas e venham me encontrar! Vou ficar esperando... Adeus! – sussurra no celular umedecendo os olhos assim que desligou ao ver uma foto que tirou junto com Leo.
No painel seguiam as opções apagar e cancelar. Lá ficaram esperando a decisão da garota que surpreendentemente parecia não estar perdida por completo.

Eu não sei para onde ir
Eu não sei o que sentir
Eu não sei como chorar
Eu não sei por quê
Eu não sei para onde ir
Eu não sei o que sentir
Eu não sei como chorar
Eu não sei por quê
Eu não sei para onde ir
Eu não sei o que sentir
Eu não sei como chorar
Eu não sei por quê

E agora?


Música do Episódio:



sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Começando Bem...



Começo de ano, tempo de fé, planos e também de missões que nos fazem aceitar e compreender bem os propósitos da vida! Aqui estão algumas opções que podem ser aquilo que você estava procurando e nem sabia...

Sociomotiva  -> Portal com entidades beneficentes, voluntários e ideias que atraem todo tipo de ajuda de acordo com a disposição do voluntário. Vale a pena conferir!!!

Exército de Salvação -> Entidade famosa por trabalhar com todo tipo de doação como roupas, brinquedos, móveis e etc. Aceitam qualquer coisa em bom estado e ainda vem retirar no local! Quer maior comodidade para fazer o bem? Não tem desculpa, o negócio é ajudar!!!!

Sinopse 2° Parte


Oi, pessoal! 
Olha o poster de divulgação da história que está sendo postada aqui em capítulos "Ela veste preto, mas o baile é em Paris", continuação de "Ela veste preto, mas o baile é cor de rosa" endereço para baixar nos posts anteriores. Divulguem!!!! Esta blogueira agradece imensamente!!!! Ah!! Comentem e se inscrevam no blog para não deixar de acompanhar as loucuras e surpresas envolvidas no amor do gatissímo Alonso e da esquentadinha Dora. Thank's!!!Bye!!!



Quarto Capítulo - Ela Veste Preto


Ela veste preto, mas o baile é em Paris. Cap. 04


“Dizem que são doloridas as feridas adquiridas numa luta. Porém, tornam-se ainda mais incuráveis se vierem de um ringue de amor.”


Diário da Viagem de Dora. (D.D).



Horas depois, no hotel...
– Alonso, amor... Me desculpe! Não queria causar toda aquela confusão! – diz Dora ainda limpando-se do café da manhã impregnado nela.
– Eu só te pedi uma coisa... Te pedi pra convencer minha mãe do contrário a respeito de você ser uma grosseirona e o que você faz? Exatamente o oposto! – fala Alonso furioso andado e suando por todo o quarto.
– Me perdoa... Não tive culpa, as coisas fugiram ao meu controle! – justifica a namorada arrasada. – Achei que estava sendo perseguida... Dois sujeitos...
– Já devia estar acostumado... Com você é sempre assim, Dora! Quando vamos ter paz pra seguirmos nossas vidas? – pergunta o rapaz entregue diante da menina. – Você simplesmente não consegue deixar o passado onde ele devia estar! Vive trazendo aqueles dois pras nossas conversas como se estivéssemos num quatrilho... David e Paris morreram em New Park, mas você não consegue aceitar isso! – grita magoado.
– Não é verdade! Tudo o que mais queria no mundo é esquecer que um dia aqueles trastes atravessaram meu caminho, mas tô cada vez mais convencida que ainda não acabou... Como ia dizendo, dois caras apareceram no biombo de encontros, cada um na sua vez e foram estranhos... Até aí tudo ok se não fosse pelo bilhete! – explica confusa esticando as mãos trêmulas.
– Que caras e que bilhete? Garota que maluquice é essa? – quis saber o moço inconformado.
– Este papelzinho aqui... Você se lembra? Vermelho, quadradinho com uma mensagem enigmática idiota e assinatura de uma letra só... R. – sussurra derrotada pela possibilidade do pesadelo ter voltado.

Música – Twin Forks – Back to You – De Volta pra Você

Eu era jovem, então esqueci
Qual era o meu lugar e qual não era
Pensei que tinha uma boa chance
E tentei a sorte.

Olhe para frente, olhe para trás
Pegue outra, eu não me importo.

– Dora... Isso não pode ser! Você não vê que estão brincando com você... Se aproveitando! Alguém que sabe da história e não quer que o nosso amor dê certo! – explica Alonso segurando firme nos braços da namorada para trazê-la a luz.
– Quem? E por quê?
– Tem tanta gente... A Sofi, aquela é capaz de tudo! Minha mãe, que Deus me perdoe se não foi! Os jornalistas! Sim, porque vamos combinar que não foi bonito o que você aprontou... Os tabloides semanais agora vão durar pelo menos um mês! “A gata borralheira que deu errado.” Fotos de todos os ângulos do traje bicolor...
– Essa gente ordinária me humilha desse jeito e você acha que a culpa é minha? – indaga a menina sentindo-se insultada.
– Você é a futura rainha da Baviera! Acredite... Isso foi pouco diante de tudo o que pretendem pra nos separar! Dora se quiser ficar comigo precisa ser forte e observar o perigo vindo de todos os lados! Você é minha garota linda, mas agora preciso que lute por nós! – dita Alonso transtornado.

Sigo as indicações de volta para você
De volta para você, de volta para você
Eu sei seus ares de volta para você
De volta para você

Então, coloque um ramalhete no cabelo
Finja que você não poderia se importar
Apito passado, o cemitério
Mesmo os mortos merecem uma canção


– Engraçado... Falando assim você ficou igualzinho ao David... – cochicha a moça se soltando com estranheza do namorado. – Só falta agora me pedir em casamento e planejar meus passos pelos próximos mil anos! Mesmo enterrados em New Park a sensação de terror continua e nesse caso nem posso me queixar deles... Ao invés disso me pergunto o que está acontecendo com o herói marrento que não queria saber de nada dessas coisas de príncipe? – termina deixando as lágrimas rolarem.
Após um tempo em silêncio, Alonso sai de frente da janela disposto a retomar a discussão.
– Você está certa... Certíssima sobre tudo! Você conheceu um torrão metido no meio da rua que devia te seguir, mas que te adorou tanto naquele instante que mandou sua mãe para o diabo e jurou devoção a você na mesma hora! Depois o que aconteceu com ele? Virou um príncipe mequetrefe que obedece a ordens e desaponta a pessoa que mais ama... Patético! – conclui o garoto balançando a cabeça em desaprovação. – Me perdoa? – pergunta de mansinho arrependido.

Deixe a lua fazer o que ela faz
Ela não precisa fazer um rebuliço
Ela não sabe que ela brilha para nós
Algo me diz que ela não sabe

Sigo os sinais de volta para você
De volta para você, de volta para você
Eu sei seus ares de volta para você
De volta para você, de volta para você
Vez após vez, sigo as indicações
Eu sei seus ares de volta para você


– Não sei... Não posso... Acho que não devo! – diz Dora ainda no estado esquisito de anteriormente.
– Foi só um deslize! Mas nós superaremos... Fases acontecem num relacionamento! – justifica o príncipe se aproximando da namorada que se afasta.
– Acho melhor você ir! – cochicha hipnotizada por seus próprios pensamentos.
O rapaz assustado acata o pedido se afastando dela com amargura, deixando marcas de amassado no lençol da cama lembrando de que um final triste ocorreu.
– Adeus! – deseja vendo-o atravessar a porta.
No mesmo instante Mell vinha chegando.
– O que aconteceu sua doida? Pelo estado de vocês dois posso supor que você entregou o jogo pra mãe dele e a vadia da Sofi! – fala a garota odiando a amiga.
– Acabou Mell... – resume arrasada.
– Gente, o amoreco de vocês pode ser tudo menos monótono! Deviam alugar como atração num parque de diversões com slogan do tipo “Alondora – A aventura que nunca acaba.” – brinca a garota abraçando e beijando a amiga na tentativa de suavizar a dor.
Alonso atravessou a porta vagando sem destino pelo corredor. Os momentos tristes e felizes que passou nos últimos meses com aquela crazy lady independente corriam as paredes feito slides.
Estava magoado, ferido, mortificado... Queria deixar tudo para lá. Desligar os sentimentos e realmente faria se pudesse, mas o que sentia por Dora era tão forte que preferia sofrer a ignorar que tinha amor por aquela garota. 

Amor, abaixe os olhos
Deixe-me um sinal


Mal se percebeu na sala do apartamento onde estava hospedado, Dona Corália veio interrogá-lo.
– Alonso, querido! Onde você estava? Depois de todo aquele vexame fiquei preocupada... Bom, pelo menos agora você já sabe de que laia é aquela garota horrenda! – diz sem tempo para respiração.
– O quê? Mas que falta de respeito! O que aconteceu com a senhora... Onde está sua sensibilidade? – pergunta o filho enojado com a atitude da mãe.
– Ah, filho! Depois de como sua amiga se comportou não merece a mínima consideração! – dita sem arrependimento. – A propósito, vamos partir essa noite! – anuncia vitoriosa.
– Eu não vou! – grita enfático.
– Não sou eu que estou pedindo, mas seu tio, provavelmente ele viu um destes pasquins nojentos e agora quer explicações... É evidente, sua adorada Dora é uma causa perdida! Nos contaminou com a má sorte dela! – dispara Dona Corália sem papas na língua. – Precisamos nos salvar antes que seja tarde! – termina venenosa.
– Para! Eu não acredito... Como você se tornou isso... Quando? E o papai, coitado, morto por dentro! Vocês é que são uma vergonha! – defende Alonso choroso.
– Seu futuro está em jogo! Foi por ele que me tornei superprotetora, mais seletiva e até um pouco cruel perante a vida, mas é tudo pra te proteger dos perigos que um herdeiro ao trono enfrenta... – justificou a mãe tentando lhe fazer um carinho.
– Não adianta nem começar... Já sei desse papo de cor. Não vou deixar uma vida que eu gosto só pra você se sentir melhor com a sua... – respondeu Alonso relutante a chantagem da mãe.
 – Por favor! Vamos agora à noite... Você explica toda a situação e depois volta! Lavo minhas mãos depois disso... Você faz o que quiser da sua vida, mas antes me dê esse pequeno gosto... Se não por mim, por gratidão a tudo que seu tio nos ajudou esses anos todos! – implora Dona Corália esperando marcar pontos.
– Ham! Está bem! Preciso de ar mesmo... A viajem vai nos dar um tempo! – conclui o filho achando que seria melhor assim.
Um pouco depois, lá estavam eles correndo pelo Charles de Gaulle para não perder o voo que separaria definitivamente um romance que poderia ter dado certo. De repente, Sofi é puxada para um canto com violência encontrando uma parede.
– Fugindo do país... Aposto que nem pagou o aluguel! Que feio... – debocha Leo a encurralando.
– O que você quer? Ainda não entendeu que eu só estava brincando? Foi mal, supere e prossiga... Se um dia voltar à cidade a gente se encontra pra relembrar os melhores momentos! – diz a condessa se aninhando ao detetive.
– Você pensa que me engana com esse teatrinho de mulher fatal desalmada, mas eu sei que nem tudo o que vivemos foi mentira! – grita o rapaz devolvendo-a a parede.
– Assim falou o detetive que se deixou enganar pela primeira que demostrou interesse! Dói não ser o escolhido, ser sempre a vela... A segunda opção! – acusa a moça desarmada com as vistas molhadas se desvencilhando para seguir viajem.
– Ainda não acabou! Você vai ver que eu tô certo... Vou provar que você é como aqueles que mentem pra si mesmos e interpretam até descobrirem que a atuação é mera realidade! Não é a toa que me chamam do melhor de New Park! – berra o detetive tentando impedi-la, mas a vendo partir.
– Você tentou, mas essa daí é máquina perdida... Não existe peça que possa consertá-la! – consola Romeo colocando a mão no ombro de Leo, que ri amargamente para o horizonte acompanhando o amigo até o táxi.
Enquanto Alonso atravessava as plataformas, mulheres se transformavam perante seus olhos se contorcendo até ganhar formas que ele conhecia com paixão. Os anúncios revelavam-lhe segredos que o subconsciente mostrava distorcido, sufocando-o com menosprezo e punição por abandonar a felicidade tão covardemente.
Tentou aguentar a sensação agonizante até que explodiu.
– Não... Não posso! – sussurrou aliviado. – Se for vou perdê-la! – gritou destroçado.
– Alonso, querido! Nós já conversamos... – insiste a mãe dissimulada.
– Desculpe, mas não dá! – fala choroso dando meia volta para retornar o caminho.
Dona Corália queria impedir, mas foi impedida pelo pai que a segurou com a firmeza que lhe restava.
– Bem, as coleções de inverno começam na próxima semana mesmo, então será proveitoso se eu ficar! – insinua Sofi indo atrás de Alonso.
– O traga de volta! Não importa como... Faça o que tiver que fazer! – dita Dona Corália segurando nas mãos da condessa.
– Será mais que uma obrigação, será um prazer! – cochicha a moça especialmente para os ouvidos da mulher de mesma laia.
Minutos depois, Alonso aparecia estropiado na frente do hotel.
– O senhor vai ficar nesse hotel? Não sei não...  Dizem que o pessoal daí é meio baderneiro! – grita Dora do outro lado da rua encostada a mureta.
– É… E como você sabe? Já estava hospedado e adorei, mas não poderia ir sem resolver pendências com uma pessoa muito especial! Só não sei se ela me perdoaria...
– Quem sabe... Você pode tentar, vai que ela aceita! – desdenha a namorada.
O príncipe atravessou para o lado dela respirando fundo, sabendo que tomou a decisão certa.
– Oh, Dora! Eu te amo tanto... Me desculpa! Por que a gente briga tanto... Eles não podem ter esse gostinho, garota! – fala compulsivo a abraçando em giros na calçada.
– Tá tudo bem! Me desculpa também... Sou muito impulsiva e abandonar o passado pra mim é praticamente como viver em abstinência, mas eu vou tentar! – interrompe retribuindo os beijos e carinhos.
– Vamos nos ajudar... Nos perdoar... Vamos dar certo! Nada mais vai nos atrapalhar! – promete Alonso desesperado quando é interrompido.
– E aí Isadora Dora! Bochechão! – cumprimenta a voz sorridente esquecida na memória da menina.
– Você... O que tá fazendo aqui? – admira-se pensando se aquilo era bom ou mal.

Siga as indicações de volta para você
De volta para você, de volta para você
Eu sei seus ares de volta para você
De volta para você, de volta para você
Confio nos sinais para encontrar o meu caminho de volta para você
De volta para você, de volta para você
Sigo as indicações de volta para você

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