domingo, 6 de janeiro de 2019


O polêmico rosa e azul dos últimos dias, esteve em evidência durante todo o século XX. Só se estabeleceu nos anos 80, depois de muito bafafá que começou um pouco antes da 1ª Guerra Mundial. Até aí, com as tinturas pela hora da morte, meninos e meninas usavam branco. Porém, a distinção de gênero pelas cores não existia, e quando passou a ser discutida, defendia-se o rosa pros meninos (cor forte e decidida) e azul pras meninas (cor delicada e amável)

Mesmo trocada, a atribuição das tonalidades se mostrava sexista e acontecimentos que vieram depois demarcaram as cores e os gêneros,  como:

  • uma pesquisa de favoritismo da revista Times em 1927;
  • a divulgação do rosa pela Princesa Astrid da Bélgica durante o nascimento de sua filha;
  • a esposa do Presidente Eisenhower que sempre usava rosa nos eventos da 2ª Guerra;

Mais tarde, aconteceu a revolução sexual dos anos 60, também os anos 80 e seus modos extravagantes e o resto é história. As cores rosa e azul se tornaram únicas na identificação de gêneros e ninguém mais as viu  como simples tons. E embora pareça absurdo, esse tema de vestuário ainda é tabu na sociedade, levando a outras questões mais sérias que apontam retrocesso, num tempo de luta por respeito e em meio a graves fatos que antes ficavam adormecidos. 

Com certeza, há assuntos de maior importância a serem decididos que a reafirmação de cores pra vestuário e gêneros, partindo do princípio que existem uma infinidade delas e a definição da personalidade humana vai muito além de uma cor. Condições dignas de subsistência, o respeito e o fim da violência, por exemplo, são essenciais pra qualquer sociedade encontrar o equilíbrio.  

Mas se pensarmos em meninas de rosa e meninos de azul, o que mais rápido aparecerá na mente como referência? 

Meninas de Rosa - Penélope Charmosa, Elle Woods (Legalmente Loira), Sharpay Evans (High Scholl Music), Georgina George (Garotas Malvadas), Material Girl, Andie (Garota de Rosa Shocking), Princesa Aurora e Ariel. 



É difícil não ter pensado em nenhuma delas, não é? Mas essas garotas têm sempre em comum o rosa nos personagens pra delinear algo de frágil, de malvado, e fútil que acabou se consertando no decorrer da história, tanto que a mudança no visual é a primeira grande percepção de resgate delas. 

Penélope Charmosa é a herdeira, enquanto que Elle Woods vive olhando pro próprio umbigo, Sharpay era a vilã egoísta, quando Georgina George bancava a malvada fuxiqueira, já a Material Girl da música de Maddona, inspirada no personagem de Marilyn Monroe, diz na cara dura a que veio e por fim temos Andie, Aurora e Ariel representando as românticas sonhadoras e ingênuas, que acabam dando com os burros nágua. Realmente super inspirador... Só que não!  


Meninos de Azul - Príncipe da Cinderela, Super-Homem, Capitão América, Fera (Bela e a Fera), Dr. Manhattan (Watchmen), Blue Man Group e Batman. 



Quando o assunto é azul, também fica difícil não ter pensado em nenhum neles! Os meninos têm seus heróis e príncipes pra se espelhar de maneira guerreira, cômica ou galante. Assim são Super-Homem e Capitão América, que mesmo inspirados pelas cores da bandeira americana, trazem o azul como símbolo mor. 

O Príncipe da Cinderela e o Fera, que embora diferentes, jogam esse ar final de comigo seus problemas acabaram, além de Batman e Dr. Manhattan, caras introspectivos que sempre enrolavam suas companhias, restam os Blue Man Group e a vertente cômica estranha deles.  


O fato é que se for pra usar cores estipuladas, então que seja o lilás ou tons misturados de rosa e azul como hortênsia e lavanda. Aí todo mundo se diz igual e a discussão acaba, além de serem tonalidades lindas. 

Mas graças a Deus, existem mulheres e homens belos e coloridos por aí, também de azul e rosa pra provar que cor não quer dizer nada, além de que você é aberto à vida e as tendências. De exemplos temos a Cinderela, Power Ranger Rosa, Jack Kennedy, Rosa e Rosinha entre diversas outras e outros. E por tudo isso, ironicamente, como diz o título do blog eu visto preto.


Filmes pra quem dá valor a isso pensar:

Aprisionada 

Jessica e Evan são um casal que acabam de realizar o maior sonho: sair da cidade e se mudar para uma grande e bela casa no subúrbio. Logo, o casal faz amizade com Simon, o amigável vizinho da casa ao lado. No entanto, um evento estranho muda a percepção que Jessica tem de Simon e a mulher passa a temer o vizinho, que parece ficar mais estranho, suspeito e perigoso a cada dia que passa.




O Sorriso de Monalisa

Katharine Watson (Julia Roberts) é uma recém-graduada professora que consegue emprego no conceituado colégio Wellesley, para lecionar aulas de História da Arte. Incomodada com o conservadorismo da sociedade e do próprio colégio em que trabalha, Katharine decide lutar contra estas normas e acaba inspirando suas alunas a enfrentarem os desafios da vida.




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